De acordo com a Anfavea, entidade que reúne os fabricantes de automóveis e veículos comerciais, em um estudo apresentado recentemente sobre os caminhos para a descarbonização do setor automotivo brasileiro, estima-se que a participação do carro elétrico no Brasil (que inclui elétricos, híbridos e híbridos plug-in) pode representar até 62% da frota do país em 2035.
Não é mais novidade que o mundo está cada vez mais próximo de extinguir os veículos a combustão e seu substituto mais provável serão os veículos elétricos. Várias fabricantes já produzem e vendem modelos de carro elétrico no Brasil e ao redor do mundo.
Contudo, como essa história começou?
História dos carros elétricos
No meio automotivo, o processo de eletrificação começou com os carros híbridos, isto é, aqueles que possuem um motor elétrico que funciona em conjunto com um motor a combustão. Dessa forma, os veículos, geralmente, não precisam recarregar suas baterias em tomadas e pontos fixos de eletricidade, uma vez que o próprio motor à combustão, junto com o sistema de frenagem, realiza essa função. Todavia, é aí que começam os desafios e obstáculos.
Para se exigir que um país caminhe na direção da descarbonização, é necessário preparação e infraestrutura para receber esses novos veículos como, por exemplo, pontos de recarga em locais pelas cidades. Atualmente, é possível abastecer um veículo a combustão em praticamente qualquer lugar do nosso país. Já para o carro elétrico no Brasil são poucos os pontos de recarga existentes, o que mostra o longo caminho que temos a percorrer em questão de infraestrutura.
Além disso, falando sobre a eletrificação de veículos pesados, como caminhões e ônibus, é um processo que vem ocorrendo de forma mais lenta, quando comparado aos veículos de passeio. Porém, apresenta, com frequência, as mesmas dificuldades e desafios encontrados.
Podemos observar no gráfico abaixo como o processo pode ser demorado quando observamos os pesados vendidos em 2020.
Entretanto, é esperado um forte crescimento em todas as categorias de eletrificação para 2032, O gráfico aponta também uma forte fatia em outra tecnologia de combustível, o hidrogênio. Nesse ínterim, esse se mostra uma possível solução para transportes de longas distâncias no futuro.
Vantagens e desvantagens do carro elétrico no Brasil
Ainda, analisando os pontos positivos dos veículos elétricos, temos várias vantagens em relação aos modelos a combustão, por exemplo, na performance. É possível observar que os carros elétricos entregam o torque disponível instantaneamente e, em sua maioria, não dependem de caixas de transmissão. Há, ainda, os benefícios ao meio ambiente. Esse tipo de veículo não emite nenhum tipo de poluente.
Mas, como tudo na vida, também temos desvantagens. Uma das principais é a autonomia e o tempo de recarga. Por exemplo: um veículo a combustão demora, em média, de 5 a 10 minutos para encher seu tanque. Já um carro elétrico no Brasil pode demorar horas para recarga completa da bateria.
Ainda, há o fato de se encontrar um ponto de recarga perto por perto, visto que, são bem menos comuns que postos de combustível. O que mudará as rotinas daqueles que percorrem grandes distâncias com caminhões e ônibus.
Outro fator, que, a princípio, parece não existir quando falamos de eletrificação, é a poluição causada pela sua matéria-prima para se construir os componentes que serão utilizados nos processos que tornarão os veículos elétricos. É notada a presença de uma grande quantidade de materiais que ao serem produzidos, também poluem o ambiente, como o Lítio.
Metais e materiais usados na produção de uma bateria de Lítio
Mesmo com todos esses obstáculos, já existem caminhões e ônibus elétricos circulando. Todavia, em sua maioria, dentro de cidades e percursos urbanos, locais que possuem pontos de recarga e trajetos mais curtos.
Em conclusão, a eletrificação é uma realidade próxima e necessária para a sobrevivência do nosso planeta. Desafios sempre existirão para o carro elétrico no Brasil e com a tecnologia, em constante evolução, logo teremos a solução para vários problemas citados neste texto.
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Conteúdo desenvolvido por Rafael Brandão – Market Intelligence South America da FPT .