Para atender aos novos limites de emissões estabelecidos na Resolução Conama 490/2018, a FPT Industrial está atualizando seus motores para torná-los mais eficientes e sustentáveis, dentro da norma de emissões Proconve P8 Euro VI.
Entretanto, que programa é esse que as montadoras e as fabricantes estão se empenhando tanto para conseguir atender os seus targets?
O Proconve P8
O Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, mais conhecido como Proconve P8, é o equivalente à norma Euro VI vigente na Europa. Ele faz parte de um processo que busca maior modernização dos motores a Diesel, o que impacta diretamente nos níveis de emissões de poluentes.
Dessa forma, até 2023, os caminhões de no mínimo 3,5 toneladas deverão conter essa tecnologia para se enquadrarem aos novos limites impostos pelo programa. Portanto, sustentabilidade por meio da diminuição da emissão de poluentes é, basicamente, a meta do Proconve P8.
Cerca de 75% de toda a produção nacional é transportada via rodovias, o que coloca os veículos de cargas responsáveis por uma parcela considerável dentro da economia do país. Além dessa porcentagem expor a importância do transporte rodoviário no ciclo produtivo nacional, esse valor também indica a necessidade desse tipo de transporte ser cada vez mais sustentável.
Contudo, o impacto que a descarbonização nesse nicho pode gerar para o país é bastante significante e, pensando no cenário global, quanto maior o número de países aplicando essa norma, melhores são os benefícios para todo o planeta.
Para entendermos melhor a evolução que representa a introdução do Proconve P8 para o Brasil, vamos analisar a imagem abaixo, com relação aos limites aceitáveis de MP e de Nox (principais gases expelidos por motores a Diesel), dentro de cada norma de emissões.
De acordo com a cronologia exposta na figura acima, podemos perceber que as normas de controle de emissões estão cada vez mais rigorosas com relação aos limites aceitáveis de gases poluentes expelidos para a atmosfera.
O controle de poluição
Do Euro I até a implementação do Euro VI, o mercado automotivo passou por diversas modificações e melhorias que possibilitaram os atuais componentes a conseguirem atingir os níveis especificados. Por exemplo, um sistema de injeção de combustível mais eficiente, injetando o volume ideal de combustível, no momento certo e na pressão adequada.
Nesse sentido, também temos o exemplo do desenvolvimento dos sistemas de pós-tratamento, o qual filtram-se os gases queimados que saem do motor e liberam para atmosfera com índices de poluentes bem inferiores ao recebido pós combustão.
Além disso, sob o mesmo ponto de vista, por se tratar de um tema bastante relevante e de grande importância para o ciclo de emissões, vamos discutir sobre os ATS (After Treatment System) em um próximo post específico sobre o tema.
Nesse sentido, os fabricantes de motores e as montadoras deverão comprovar para o governo, por meio de rodagens em banco de dinamômetro e em veículos, respectivamente, que estão dentro dos limites determinados.
Primeiramente, homologa-se o motor no banco. Lá, são realizados diversos testes testemunhados pelo governo, demonstrando o funcionamento do motor dentro dos limites aceitáveis pela nova norma. Caso todos os índices estejam admissíveis, emite-se o documento LCVM (Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor) que permite a comercialização dos motores em questão.
Contudo, para possibilitar a venda dos novos veículos, também é realizado um teste de tráfego real chamado Real Driving Emissions (RDE). Esse tem o intuito de saber se o veículo estará dentro dos requisitos do combate às emissões do Ibama por um período de rodagem entre 300 e 700 mil quilômetros, de acordo com a tonelada do veículo.
Portanto, não basta apenas demonstrar os resultados obtidos dentro dos limites impostos no momento da homologação, mas também certificar-se que eles continuarão com a mesma eficiência com os sistemas envelhecidos, o chamado In-service Conformity (ISC).
A implementação do Proconve P8 no país é uma ação para trazer diversos benefícios para a saúde de toda população, com relação à qualidade do ar que ela respira. Com a redução dos limites aceitáveis de gases poluentes expelidos para a atmosfera, a regulamentação de veículos pesados do Brasil se aproxima da regulamentação já implantada na União Europeia e parte agora para a tentativa de modernização da frota nacional.
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Conteúdo desenvolvido pelo Lucas Frossard – Customer Management – Medium Engines da FPT .