O aumento das emissões de GEE (Gases do Efeito Estufa) é um dos principais problemas ambientais da atualidade, podendo trazer severas consequências a nível global.
É por isso que, nos últimos anos, novas normativas têm surgido com a finalidade de estabelecer um limite de emissões para caminhões, ônibus e outros veículos e, com isso, reduzir as emissões de gases poluentes.
A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos (Proconve), qual é a sua importância para a sustentabilidade e como a FPT se posiciona frente aos desafios trazidos pela nova fase do programa.
O Proconve
O Proconve, programa criado no Brasil em 1986 pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), tem como objetivo estabelecer as regulamentações, prazos e padrões legais de emissões considerados admissíveis para diferentes categorias de veículos automotores.
Desde janeiro de 2022 o Brasil está na fase P8 do programa. Essa fase estabelece o limite de emissões para todos os veículos novos, tanto para transporte de passageiros quanto de carga, equipados com motores de ignição por compressão ou por centelha e com PBT (peso bruto total) acima de 3,856 toneladas.
Os limites máximos de emissões estão relacionados, principalmente, aos gases de exaustão, partículas e ruídos, bem como requisitos de durabilidade, sistemas de diagnóstico de bordo (OBD) e testes em uso.
Além disso, a fase P8 equivale à norma Euro VI e visa alinhar a regulamentação para veículos pesados do Brasil à da União Europeia. De acordo com o ciclo de homologação de caminhões pesados, veículos que cumprem com a legislação Euro VI são muito mais limpos que veículos Euro V.
Isso porque, em relação a norma Euro V, a Euro VI promove:
- +70% de redução de HC (hidrocarbonetos não queimados);
- +50 de redução de MP (material particulado);
- +80% de redução de NOx (óxidos de nitrogênio).
Estes resultados são incríveis principalmente se considerarmos um país como o nosso, que é o 5° maior do mundo e onde 70% do modal de transporte de carga é rodoviário.
Impactos na sustentabilidade
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Brasil tem mais de 2,2 milhões de caminhões que circulam diariamente pelas estradas do nosso país.
Por outro lado, todo este alto fluxo (lembrando que 70% do nosso modal é rodoviário) gera uma alta queima de combustíveis, situação que contribui para a emissão de gases poluentes como:
- Monóxido de carbono;
- Óxidos de nitrogênio;
- Hidrocarbonetos;
- Óxidos de enxofre;
- Material particulado, entre outros.
Assim, com o Proconve P8, colhe-se diversos benefícios em relação ao controle de emissões de gases prejudiciais à atmosfera e a redução dos impactos, tanto na qualidade do ar quanto na saúde pública.
Estima-se que, em 30 anos da implantação do Proconve P8, as emissões acumuladas de veículos pesados possam ser reduzidas em:
- 130 mil toneladas de partículas inaláveis;
- 110 mil toneladas de carbono negro;
- 12 milhões de toneladas de óxido de nitrogênio;
- 2,7 milhões de toneladas de monóxido de carbono;
- 24 mil toneladas de hidrocarbonetos.
Além disso, o programa também impacta as empresas, que precisam adequar seus veículos à norma e, assim, garantir mais sustentabilidade, além da redução de custos com veículos mais eficientes.
Motor FPT F1C P8
Para atingir os resultados mencionados anteriormente, as montadoras de veículos e motores a diesel precisam combinar sistemas de tratamento de poluentes como: Recirculação de Gases da Exaustão (EGR), Catalisador de Oxidação Diesel (DOC), Filtro de Partículas Diesel (DPF) e Redução Catalítica Seletiva (SCR).
O sistema EGR, ou válvula EGR, é responsável pela recirculação de parte dos gases de exaustão, de maneira controlada, a fim de reduzir a temperatura no interior da câmara de combustão, reduzindo consequentemente a formação de Óxidos de Nitrogênio.
O DOC é responsável pela conversão de Monóxido de Carbono, Hidrocarbonetos não Queimados e pela parte volátil do Material Particulado. Além do DOC, utilizamos o DPF que tem a função de filtrar a parte sólida do Material Particulado, garantindo ainda mais eficiência no tratamento dos gases provenientes da combustão do diesel.
No sistema SCR, o objetivo é promover a redução dos óxidos de nitrogênio em nitrogênio diatômico e vapor de água. E, para isso, é injetado no sistema de pós-tratamento uma solução formada por 32,5% de ureia e 67,5% de água desmineralizada que, aliado ao SCR, busca reduzir em até 95% das emissões dos óxidos de nitrogênio.
É importante destacar que, para superar todos estes desafios e conseguir alcançar estes indicadores, a empresa busca as melhores tecnologias e inovações do mercado.
A FPT foi a primeira fabricante a homologar um motor para a fase P8 do PROCONVE. Além do IVECO DAILY EURO VI, a motorização também equipa o VOLKSWAGEN DELIVERY EXPRESS + EURO VI. Com essas novas tecnologias, nossos motores ganham vida útil maior, menor consumo e mais eficiência.
O nosso motor F1C P8 conta com um turbocompressor VGT (geometria variável), que promove mais potência e torque no tempo necessário e maior produtividade e durabilidade.
Também conta com central de controle eletrônico do tipo MD1, que auxilia na melhor capacidade de processamento de dados e otimiza a injeção de combustível e proteção do motor.
Tudo isso atrelado a sistemas de pós-tratamento atuando de forma combinada EGR/DOC/DPF/SCR, trazendo reduções significativas de emissões de poluentes, entregando máxima performance e economia com sustentabilidade.
A inovação sempre esteve no DNA da FPT e agora alinhada a soluções sustentáveis que nos impulsionam a construir um futuro cada vez mais limpo.