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FPT faz testes com biodiesel de macaúba

FPT Industrial testa biodiesel de macaúba em motor de trator agrícola

O DNA da FPT Industrial é marcado pela constante pesquisa em soluções sustentáveis, principalmente relacionadas ao desenvolvimento de combustíveis alternativos. Recentemente, investimos em um plano de produção e em testes dedicados ao biodiesel de macaúba, um tipo de palmeira nativa do Cerrado brasileiro.

A pesquisa realizada no Technical Center, em Betim (MG), considerou a aplicação do combustível em tratores agrícolas, mas o combustível ainda será testado em caminhões, ônibus e geradores de energia.

Essa versão de biodiesel foi produzida em uma usina experimental por meio do processo de  transesterificação (reação química para a obtenção do combustível) e caracterizada em laboratório para atender aos padrões estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O projeto foi realizado em parceria com a PUC Minas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Bchem Biocombustíveis, utilizando o motor FPT N67 MAR-I/Tier 3 presente nos tratores agrícolas da Case IH e New Holland Agriculture.

Benefícios da macaúba no biodiesel

Durante os testes, foram utilizadas misturas de 10% e 20% de biodiesel de macaúba em diesel fóssil – misturas conhecidas como B10 e B20, respectivamente. Os resultados demonstraram desempenho e consumo equiparáveis com o diesel comercial brasileiro.

“O maior desafio foi a correção da acidez do óleo, acentuada pelo armazenamento por quase um ano, para possibilitar então o processo de transesterificação”, afirma o engenheiro da FPT Industrial América do Sul e coordenador do projeto, Gustavo Teixeira

A polpa (mesocarpo) e a amêndoa (endosperma) da macaúba têm excelentes características para a produção de biodiesel de qualidade. “Em função do menor teor de ácidos graxos poli insaturados, [o biodiesel de macaúba] tem maior resistência à oxidação que o biodiesel de soja, o que corresponde a menores impactos sobre o sistema de injeção de combustível do motor”, aponta Teixeira.

Assim, os benefícios potenciais do combustível se estendem não só para o ambiente, com os menores índices de emissões, mas também em outros fatores, como o menor impacto em manutenção do motor.

O próximo passo do projeto é testar o novo biocombustível em caminhões e ônibus IVECO e geradores de energia FPT Industrial, que também utilizam a família de motores FPT N67. “Este trabalho demonstra o esforço contínuo da FPT Industrial em desenvolver motores aptos a operar com novos combustíveis”, afirma o Diretor de Engenharia da FPT Industrial América do Sul, Alexandre Xavier.

O potencial e os desafios da macaúba

A macaúba é uma palmeira nativa que chega a até 15 metros de altura. A planta é presente no cerrado brasileiro, em savanas e florestas abertas da América tropical, Caribe e sul da Flórida (EUA).

A planta foi explorada por décadas de maneira extrativista e agora vem sendo objeto de diversos estudos com foco na produção industrial em larga escala. Essa palmeira vem sendo utilizada para recuperação de solos e rios degradados, e a colheita de frutos é uma fonte de renda para pequenos produtores rurais, que após extraído o óleo, utilizam a torta da polpa para alimentação do gado.

A expectativa é que, no futuro, os mesmos produtores poderão gerar o próprio biodiesel de macaúba por meio de cooperativas e alimentar os tratores, reduzindo o impacto ambiental e os custos de suas operações.

Testes de biodiesel de macaúva na FPT

O principal desafio do uso da planta é a alta acidez de seu óleo, que dificulta a separação de fases e aumenta o consumo de reagentes. “O correto processo de colheita e armazenamento torna-se fundamental para a obtenção de baixos teores de acidez, possibilitando a produção do combustível”, explica Teixeira.

A acidez foi corrigida por meio da glicerólise, procedimento em que os ácidos graxos livres, sob condições controladas de temperatura e pressão, transformam-se em triglicerídeos, possibilitando o processo de transesterificação.

Os óleos utilizados nos testes da FPT foram extraídos pela Cooper Riachão, uma cooperativa de produtores rurais da região de Montes Claros (MG).

FPT Industrial

A FPT é líder mundial na produção de powertrain e de venda de motores GNV (Gás Natural Veicular). A empresa conta com aproximadamente 8.400 colaboradores em todo o mundo distribuídos em 10 plantas, sendo duas delas na América Latina – em Sete Lagoas (MG/Brasil) e em Córdoba (Argentina) – e sete centros de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), entre os quais um em Betim (MG/Brasil).

Tudo isso faz da FPT Industrial, uma empresa completa e que impulsiona o futuro por meio da sua tecnologia.

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