Você sabia que, além dos cilindros, o tempo também é determinante na classificação dos motores? Hoje, particularmente, vamos falar dos motores de seis tempos, que são bem parecidos com os de quatro, mas são mais eficientes e menos poluentes. Isso porque eles possuem um segundo ciclo de força e dependem diretamente do aproveitamento da energia de retorno do pistão.
Simplificando, os quatro primeiros tempos de ambos os motores, são idênticos. A mudança acontece a partir do quinto tempo em que, após o ciclo de exaustão, ao invés de injetar mais mistura ar/combustível, ele injeta água, dentro da câmara ainda quente. Logo, essa água se torna vapor, expandindo seu volume em 1600 vezes e forçando o pistão para baixo, tendo início um segundo ciclo de torque.
Em seguida, outro ciclo de expansão empurra o vapor para fora da câmara e um novo ciclo de 6 tempos começa novamente. Nessa ordem:
1º tempo: admissão de ar e combustível;
2º tempo: compressão da mistura da admissão;
3º tempo: explosão e expansão dos gases;
4º tempo: expulsão dos gases resultantes da queima;
5º tempo: admissão de água na câmara de combustão ainda quente;
6º tempo: após expansão, o vapor é expulso.
A vantagem é que, além de prover energia mecânica extra, este ciclo de injeção de água esfria o motor por dentro, deixando-o morno enquanto está funcionando. Dessa forma, a queima de combustível é menor, tornado o motor mais sustentável.